O mar tem sido ao longo dos séculos fonte de energia, de alimentos, de riqueza e de poder. Porém, nas últimas décadas as indústrias portuguesas, associadas à economia do mar, evidenciam estar em declínio quando comparadas com indústrias similares de outros países, como a Inglaterra, a Noruega, o Japão e o Brasil, os quais têm sabido aproveitar os recursos marinhos e possuem indústrias que garantem forte crescimento económico. Contudo, nem sempre de forma sustentável. Os recursos marinhos em Portugal são dos mais vastos e importantes dos Estados-Membros da União Europeia. A Economia Azul, a economia do mar, está no radar das estratégias portuguesa e europeia para o desenvolvimento sustentável. Refira-se, por exemplo, a Nova Estratégia para uma Economia Azul mais Sustentável a qual é fundamental para alcançar os objetivos do Plano de Recuperação da Europa e do Pacto Ecológico Europeu (PEE). Sendo o objetivo do PEE alcançar uma “redução das emissões líquidas de gases com efeito de estufa de, pelo menos, 55 % até 2030” (em comparação aos níveis de 1990), com a visão de convertirmos no primeiro continente com impacto neutro no clima até 2050. Neste sentido, para conseguir os objetivos da agenda europeia, é imprescindível desenvolver a nova economia azul, na qual é incontornável o recurso às energias renováveis marinhas.