Presidente e Vice-Presidente do IBC
Diogo Joaquim – aluno do primeiro ano do mestrado de Finance no ISEG
No início do terceiro ano de licenciatura, apesar das minhas preferências estarem divididas entre a Gestão, Contabilidade e Finanças, sempre estive mais inclinado para a área de Finanças. No fundo, a minha indecisão não incidia tanto na área de estudos a que queria dar seguimento, mas estava relacionada com três fatores-base: cansaço, melhorar o inglês e a questão financeira, pelo pesado investimento que iria representar.
O cansaço começou a ser notório no final de janeiro, coincidente com o final da época de exames do terceiro ano. Os semestres atípicos que vivemos na fase da pandemia foram a grande causa desse cansaço. Por outro lado, o facto de desde o princípio perceber que poderia retirar vantagens por optar por um mestrado lecionado total-mente em inglês, trouxe uma enorme necessidade de melhorá-lo. Em relação à parte financeira, sempre teve um grande e importantíssimo peso. Os mestrados que tinha “debaixo de olho” necessitavam de algum investimento, pelo que este foi sem dúvida outro fator a ter em conta na minha decisão.
Diogo Sigismundo – aluno do segundo ano do mestrado de Finance no ISEG
Iniciar o mestrado após a licenciatura foi sempre um dos meus objetivos, mas nunca tive totalmente definido qual o caminho certo a seguir.
O fator pandemia foi bastante importante na tomada de decisão, uma vez que nunca tinha pensado muito em qual mestrado ingressar, e o tempo livre que passei a ter nessa altura deu-me oportunidade de descobrir temas sobre os quais não tinha conhecimento até à data. Ao observar o comportamento dos mercados financeiros neste período em particular, apercebi-me que o meu maior interesse era a área de finanças. Entrei no último ano de licenciatura com um objetivo bem concreto, entrar no mestrado de Finance.
O principal fator que me motivou a continuar os estudos após a licenciatura foi o facto de não me sentir preparado o suficiente para iniciar uma carreira ligada aos mercados financeiros.
Outro fator que considerei foi a minha vontade de ter uma experiência internacional, dado que, graças às restrições impostas pela pandemia, não se reuniram as condições ideais para o fazer durante a licenciatura. Para além disso, escolher um mestrado lecionado em inglês, onde sabia de antemão que iria ter vários colegas internacionais, ajudou bastante na decisão. Por outro lado, previ que se iniciasse de imediato uma carreira profissional, estando a trabalhar com um salário e uma vida mais regular, seria muito difícil trocar essa rotina para voltar a dedicar-me aos estudos.
Falando um pouco da transição do grau de dificuldade da licenciatura para o mestrado, posso dizer que o meu único receio assentava no facto de no mestrado ter de fazer apresentações muito mais complexas e em inglês, sendo que na altura não me sentia 100% confortável para o fazer. No entanto, devido à experiência do dia a dia, ao estar continuamente a falar inglês, esse medo foi gradualmente desaparecendo.
Em termos de dificuldade do mestrado em si, na minha opinião, é verdade que por um lado aumentou o nível de exigência e detalhe nas matérias lecionadas, no entanto ao estar a estudar assuntos que me interessavam bastante, era possível relacionar as cadeiras com o conhecimento externo de artigos, livros etc., o que fazia com que se tornasse muito mais fácil estudar.
Agora que já me encontro no mercado de trabalho, percebo o quão importante foi ter apostado numa formação mais específica na área em que me encontro. No mestrado consegui obter as ferramentas essenciais para aplicar no trabalho que desempenho no dia a dia, o que me fez ter muito mais confiança no profissional que sou.
Se como eu, também sentes que a licenciatura não é suficiente para te dar as ferramentas que necessitas para ingressar no mercado de trabalho, não te antecipes e aposta numa formação mais específica na área que queres seguir porque será um benefício a longo prazo, dando-te mais confiança para qualquer posição a que te candidates.
Como podes perceber, ambas as experiências têm algumas nuances díspares, mas também, ao mesmo tempo, algo em comum. Ambas têm por trás um “trabalho de casa” baseado em planear e traçar objetivos claros. Além disso, é imprescindível procurar e estudar os vários cursos e faculdades e os seus planos curriculares, para perceber quais são os que melhor se adequam a ti e aos teus objetivos futuros.
Portanto, se já tens uma escolha definida e um objetivo claro, excelente, avança com isso! Se, para além disso, achas que conseguirias ser suficientemente organizado para estudar e trabalhar ao mesmo tempo, como viste, poderás retirar partido disso, principalmente ao nível da consolidação do conhecimento. Mas se ainda não sabes bem o que pretendes fazer no futuro, se ainda estás indeciso, calma, tens tempo! Existem diversas ferramentas que te podem ajudar e o mercado de trabalho poderá ser uma ferramenta “estratégica”.