Tudo mudou em 1959, quando a descoberta de gás natural na costa de Groningen nos Países Baixos levou à crença generalizada de que haveria um grande potencial de exploração de recursos naturais – nomeadamente petróleo – na Placa Continental do Mar do Norte. Em maio de 1963, o Reino da Noruega declarou e exerceu direitos soberanos sobre uma enorme área desta região marítima, numa jogada que, à época, dificilmente não teria sido condenada não tivesse sido realizada por um membro da NATO. Isto significou que todos os recursos encontrados nesta região pertenceriam ao Rei – sendo que na prática, ao governo – e, como tal, apenas este poderia atribuir licenças de exploração e produção a terceiros. Ao longo dos anos seguintes centenas de licenças foram emitidas a empresas privadas na corrida ao petróleo no Mar Negro. A aventura petrolífera norueguesa apenas se iniciou realmente em 1969, quando o navio Ocean Viking da empresa Philips Petroleum encontrou pela primeira vez petróleo num furo realizado no atual no campo de Ekofisk, iniciando-se a produção em 1971. Este é ainda hoje um dos mais produtivos campos de exploração petrolífera do mundo. Daí em diante, inúmeras descobertas foram feitas ao longo da Placa, sendo este trabalho inicial desenvolvido maioritariamente por empresas privadas, com participação da Statoil, empresa pública fundada em 1972. Durante a década de 70, a Noruega produziu mais petróleo per capita do que qualquer outro país do mundo e ainda hoje só é superada pelo Kuwait, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, produzindo cerca de 2 003 747,53 barris de petróleo por dia.