Social Media Marketing

João Fernandes

CFO of Market Hacking

Atenção: o ativo mais subvalorizado pelo mundo empresarial em Portugal.

Num mundo cada vez mais cheio de informação, e onde esta é cada vez mais imediata e acessível ao consumidor, há um fator que está a ficar cada vez mais valioso para as empresas. A atenção das pessoas.

De nada adianta ter o melhor produto ou serviço do mercado, se o consumidor não o conhece. Aqui entra a função do marketing. Apesar de isto não ser um conceito novo, o sector do marketing e da publicidade é uma área que tem vindo a sofrer fortes alterações nos últimos anos. Se há 15 anos atrás o Santo Graal duma marca era ter um anúncio em Portugal, hoje são raros os casos em que iremos ter um retorno positivo com este tipo de campanha.

O uso de redes sociais tem vindo a aumentar exponencialmente ao longo dos últimos anos, não apenas em número de utilizadores, tal como em tempo diário. Deduzo que o leitor esteja a ler isto e a pensar “qual a novidade?”. Apesar de ser uma verdade universal, é algo que o tecido empresarial português ainda não se apercebeu por completo.

Voltemos às campanhas da televisão ou outros media tradicionais. Para além do elevado capital de entrada, existem duas estrondosas desvantagens quando comparando com os anúncios digitais.

1. Não podemos escolher a audiência.

        a. Está a publicitar um creme de barbear? Nos media tradicionais não há qualquer tipo de especificação de audiência, seja uma criança ou uma mulher qualquer pessoa que esteja a consumir conteúdo nesses formatos de media irá ser impactado com o anúncio. A publicidade digital não só permite direcionar os nossos anúncios consoante a demografia da audiência (sexo, idade), tal como geografia e interesses. Digamos que estou a lançar uma espuma de barbear para jovens surfistas, nas redes sociais podemos impactar apenas pessoas com o meu perfil de consumidor, não só aumentando o retorno da empresa com o anuncio como tornando o anuncio mais relevante para quem o assiste.

"Atenção: o ativo mais subvalorizado pelo mundo empresarial em Portugal."

"O uso de redes sociais tem vindo a aumentar exponencialmente ao longo dos últimos anos (...) algo que o tecido empresarial português ainda não se apercebeu por completo."

"Plataformas como o Facebook atribuem custos aos anúncios por visualização e por leilão."

2. Quantas pessoas compraram o produto derivado ao anúncio?

        a. Marketing direto é um tipo de marketing que tem como objetivo criar uma ação por parte do consumidor (e.g. compra) e cuja filosofia é ter um retorno maior do que aquele gasto em campanhas. Como monitorizar este tipo de campanhas nos media tradicionais? Pois… Mais uma vez os anúncios digitais permitem saber exatamente quanto se gastou em publicidade para gerar determinada ação (e.g. compra), permitindo parar as campanhas não lucrativas, e escalar as que tenham melhores resultados.

Apesar das significativas vantagens que partilhei com o leitor Portugal é dos países que menos relevância dá ao marketing nas redes sociais.

Plataformas como o Facebook atribuem custos aos anúncios por visualização e por leilão. O que isto quer dizer? Simples, pagamos por cada vez que o anúncio é mostrado a alguém, não pagando mais ou menos se o consumidor clica no mesmo ou não, e o custo é proporcional ao número de publicitários a fazer campanhas para o nosso publico (leilão).

Da nossa experiência o Custo por 1000 impressões em Portugal anda à volta de 2€-5€, chegando a valores como 10€-20€ para audiências muito pequenas. Nos EUA o custo médio por 1000 impressões é superior a 15€, o que traduz um superior número de publicitários comparativamente a consumidores.